segunda-feira, julho 31, 2006

FOTO DA SEMANA!


TELEFÉRICO DO PARQUE NACIONAL DE UBAJARA - SERRA DA IBIAPABA.
By Fernando Dantas 16/07/2006.
Esta foto mostra bem que o Ceará possui muitas belezas naturais que, por incrível que pareça, em pleno século XXI ainda são desconhecidas da maioria dos Brasileiros.

SER JORNALISTA, É SER ESCRIBA!

Ser Jornalista, é ser Escriba. Um escriba do cotidiano, dos fatos, da realidade. É emitir opinião, e retratar a vida como ela é. No Brasil, uma profissão que teve como pioneiros operadores do direito. Advogados, que paulatinamente emitiam opiniões sobre fatos e acontecimentos, mas que depois começaram a revelar a realidade dos acontecimentos diários. Ser jornalista, é um vício. Uma cachaça como diriam os velhos colegas de redação. É uma doença, um vírus, uma bactéria, ou simplificando, um bichinho que não entra na veia dos periodistas, mas que já vem no sangue. De nada adianta cursar uma faculdade de comunicação, se a ação de comunicar, seja ela verbalizada, escrita, ou por imagens, não venha do berço esplêndido. Mas a formação, o estudo, e o aperfeiçoamento são necessários para que os retratistas da realidade não deixem o ego superar a técnica e a ética, como é visivelmente real no cotidiano das redações. Este pequeno espaço, surge para que aqui apresentemos nossas idéias em forma de artigos. Ser jornalista, é um ser escriba. É ser operário da notícia!

ORGULHO DE SER JORNALISTA!


As dificuldades do dia a dia do brasileiro sempre são ótimos motivos para refletirmos sobre as prováveis causas. Os problemas enfrentados por nosso povo são muitos. Mas aqui queremos nos ater somente a um. A valorização do TRABALHADOR BRASILEIRO. Grafado em maiúsculo e negrito por ser merecedor de destaque, e respeito.Abrindo as páginas dos jornais e revistas nacionais mais recentes sempre encontramos análises econômicas que dão conta de que no Brasil, e em particular no Ceará, o desemprego vem caindo. Que novos postos de trabalho possam estar surgindo não duvidamos. Não cremos, afirmando aqui com veemência, é na qualidade destes postos de trabalho. A mente de nosso empresariado ainda é pequena e mesquinha. A grande maioria ainda persiste na velha forma de explorar “legalmente” a mão de obra assalariada de um povo já tão sofrido.Ao falarmos isso não nos referimos somente ao trabalhador que recebe apenas um salário mínimo. Tão mínimo que não chega a contemplar o é previsto constitucionalmente para a sobrevivência digna e uma família. Falamos sim de uma classe que começa a ser extinta. A classe média, com curso superior, que para tentar ingressar no mercado de trabalho chega a submeter-se a condições nada dignas de jornada e salário, onde incluímos os colegas jornalistas. Se aqui a análise fosse dos recebedores do mínimo, perceberíamos claramente que na verdade esses trabalhadores vivem em um sistema de “escravidão legalizada”, onde na ponta do lápis pagam para trabalhar.Lá fora chegam a cogitar que o povo brasileiro não gosta de trabalhar. Uma falácia. O Brasileiro, sim, ao contrário de outros povos, sempre encontra um jeito para sobreviver. Seja vendendo lanches em uma bicicleta, olhando carros, ou oferecendo bilhetes lotéricos. Segundo os mestres da economia, chegamos a trabalhar cerca de cinco meses ao ano para pagar tributos. Como trabalhamos para sustentar governos, seríamos os verdadeiros servidores públicos.Mas enquanto isso no palco do poder maior, aqueles que dizem ser representantes de um povo, do qual eles não querem mais fazer parte, reivindicam aumentos salariais exorbitantes.Voltando a análise de nossas empresas, com raras exceções, percebemos que diante do excesso de mão de obra colocada no mercado pelas universidades empresas, que só visam o lucro através dos sonhos das pessoas, os mais bem preparados no mercado cearense são obrigados a se sujeitar a situações antes inimagináveis. Os empresários preocupam-se apenas com seus lucros, e esquecem-se de que o maior capital, e a maior riqueza de suas empresas é o funcionário. Para reduzir custos vale tudo. Até mesmo burlar a Lei em relação a alguns direitos do trabalhador. Seja pagando mal, não cumprindo direitos como horas extras, ou contratando estagiários e seres estranhos no lugar de profissionais.Aqui lembramos de uma frase do consultor de markenting americano Philip Kotler: “ Dá-se muita atenção ao custo de se realizar algo, e nenhuma ao custo de não realizá-la.” Aprimorar e valorizar o corpo funcional de uma empresa não é custo , e sim investimento com retorno certo. Algo que alguns homens cearenses, que se acham empresários, ainda não aprenderam. Nesse sentido é importante que o candidato a uma vaga no mercado cearense analise bem a situação em que se propõe a trabalhar, de modo que saiba se valorizar diante de um empregador.E esta valorização passa pela luta por uma qualificação profissional universitária. Onde os que estudaram, e enfrentaram os bancos universitários não sejam suplantados por formas equivocadas de inserção no mercado de trabalho como o apadrinhamento, a beleza, e os laços familiares. Exemplo que atinge os jornalistas diretamente, bem como outras categorias profissionais.Falo com mais afeição em relação aos jornalistas, pois como se não bastasse a forma com que os empresários nos tratam, temos ainda dois agravantes: o veto presidencial ao projeto de regulamentação de nossa profissão, que contribui mais ainda para a precarização do nosso mercado de trabalho; e também a posição de alguns colegas em posições de destaque em direção de empresas ou em colunas diárias, que de uma hora para outra esqueceram que são jornalistas, que um dia passaram pelos bancos acadêmicos do velho Centro de Humanidades do Benfica. A origem acadêmica do jornalismo cearense, idealizado pela Professora Adísia Sá, e por outros jornalistas idealistas.Ser Jornalista, é ser Escriba. Um escriba do cotidiano, dos fatos, da realidade. É emitir opinião, e retratar a vida como ela é. No Brasil, uma profissão que teve como pioneiros operadores do direito. Advogados, que paulatinamente emitiam opiniões sobre fatos e acontecimentos, mas que depois começaram a revelar a realidade dos acontecimentos diários. Ser jornalista, é um vício. Uma cachaça como diriam os velhos colegas de redação. É uma doença, um vírus, uma bactéria, ou simplificando, um bichinho que não entra na veia, mas que já vem no sangue. De nada adianta cursar uma faculdade de comunicação, se a ação de comunicar, seja ela verbalizada, escrita, ou por imagens, não venha do berço esplêndido. Mas a formação, o estudo, e o aperfeiçoamento são necessários para que os retratistas da realidade não deixem o ego superar a técnica e a ética, como é visivelmente real no cotidiano das redações. Ser jornalista, é um ser escriba. É ser operário da notícia!Digo a todos em alto e bom som: Sou Jornalista de fato e de direito, e com muito orgulho!

Fernando Dantas – Advogado e Jornalista

PEDRAS NO CAMINHO

A luta pelo diploma deve continuar. Neste momento é de fundamental importância que estejamos unidos para a sanção presidencial do projeto. Uma saída para pelo menos barrar os falsos profissionais que permeiam o mercado brasileiro, e que muitas vezes não sabem sequer escrever corretamente a nossa sofrida língua brasileira, como vemos no dia a dia dos veículos.
Já é hora de darmos um basta nas vagas que surgem por apadrinhamento, laços familiares, conveniência, ou pela beleza feminina de algumas moças que tentam ingressar na carreira errada.Se aliarmos a beleza feminina, que é uma das mais belas criações de Deus, com o saber acadêmico, experiência e intelectualidade, melhor.
Não muito diferente do resto do País, a situação em Fortaleza é caótica no mercado de trabalho. Muitos ainda estão nas redações por apadrinhamento, beleza, laços familiares, ou até mesmo por ser patrocinador de algum programa. Além disso, ser dono de curso de jornalismo virou uma galinha de ovos de ouro, onde não se sabe por onde anda a qualidade.
Já passou do tempo, mas não devemos deixar de lutar não apenas pela sanção presidencial, mas também retomar as discussões sobre o nosso Conselho Federal de Jornalismo. Assim, a exemplo do que hoje ocorre na advocacia, onde muitos se formam, mas poucos conseguem advogar, conseguiríamos mudar.
Os contrários falam em reserva de mercado. Isto é uma falácia. A verdade é que lutamos por qualidade no mercado de trabalho, onde tenhamos profissionais comprometidos com a informação verdadeira. E onde não encontremos pessoas que querem aparecer mais do que a notícia. Com certeza em uma reportagem a estrela principal é a notícia, e não o jornalista.
A hora também é de reflexão para o Exmo. Sr. Presidente Lula, que chegou ao poder, tendo iniciado sua luta no sindicalismo, e na defesa dos interesses laborais dos metalúrgicos do ABC. Luta não diferente desta nossa. Lembramos ainda que a sua chegada ao poder, também passa pelo apoio dado por intelectuais deste país, que desde a primeira campanha em 1989 acreditavam na mudança de ideologia de poder. E entre os quais encontramos muitos jornalistas comprometidos com o social.
Mesmo com a exigência do diploma em profissões regulamentadas como Medicina, Odontologia, Direito, e Engenharia; o público a ser atendido fica com o pé um pouco atrás quando se trata de um neófito em algum setor de trabalho. Por que a situação tem que ser diferente no jornalismo? Um falso profissional de comunicação pode destruir vidas, carreiras e estabilidades sócio-políticas. O jornalista, antes de ser um narrador de estórias do cotidiano, deve ser um profissional comprometido com o social, e com as mudanças neste país tão desigual.
A nossa responsabilidade nas redações de rádios, jornais, tvs e assessorias de imprensa é muito grande. Logo não podemos permitir que algumas poucas pessoas, e alguns empresários do setor desejem acabar com uma luta de uma categoria que já dura décadas. Não podemos acreditar na inversão de valores. Não podemos aceitar a mediocridade invadir as redações em detrimento à formação profissional.
É um absurdo também imaginar que tentam passar à sociedade que tentamos uma reserva de mercado no campo do ensino do jornalismo. Não é possível imaginar uma MODELO sem ser formada em Jornalismo, e sem experiência, dando aula por exemplo de ‘Técnica de Reportagem e Entrevista’. É o mesmo que imaginar um veterinário dando aula de Neurocirurgia em um curso de medicina. Que saibam os opositores ao projeto, que mesmo com o diploma e a nova regulamentação da profissão, a realidade no mercado de trabalho ainda será difícil, onde teremos ainda que nos esforçar bastante para galgar degraus na carreira profissional. Mas pelos menos será mais justo, pois algumas pedras já saíram do caminho. O sonho ainda é possível, e pode em breve se tornar realidade. Por isso devemos acreditar nele.
Por Fernando Dantas – Advogado e Jornalista