sexta-feira, junho 12, 2015

EX-ALUNOS DO COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA PARTICIPAM DE ESTÁGIO DE SOBREVIVÊNCIA NA SELVA NO 51º. BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA EM ALTAMIRA

A operação foi realizada pelo 51o. BIS - Batalhão de Infantaria de Selva com 36 companheiros ex-alunos do Colégio Militar de Fortaleza; entre civis, militares da reserva, e militares da ativa. Internamente batizada de Operação Kangaço na Selva, tratou-se de um estágio em um quartel instalado na Amazônia Brasileira que forma Combatentes de Selva. No período de 4 a 7 de junho de 2015, o 51º BIS- Batalhão de Infantaria de Selva, sediado na cidade de Altamira-Pará, foi realizado um Estágio na Selva. O estágio irá contou com a presença de 38 ex-alunos, das turmas 1982-1988 e 1983-1989, do CMF - Colégio Militar de Fortaleza, tradicional estabelecimento de ensino do Exército Brasileiro. Atualmente os ex-alunos exercem as mais diversas funções na sociedade brasileira em diferentes estados da federação. No grupo, que chega a Altamira no dia 4 de junho; além de militares das Forças Armadas da ativa e da reserva, existem médicos, advogados, juízes, bombeiros, oficiais de marinha de guerra e mercante, executivos de empresas nacionais, e empresários.
A idéia de realizar a atividade na Selva Amazônica partiu do grupo de ex-alunos, que conta hoje com alguns integrantes comandando unidades militares do Exército Brasileiro em diversos estados. Atualmente o 51º BIS é comandado pelo Tenente Coronel de Infantaria William Fernandes de Oliveira Amaral, também ex-aluno do CMF da turma 1982-1988, que de pronto se dispôs a realizar a atividade. O 51º BIS é uma das principais unidades operacionais do Exército Brasileiro que resguardam a nossa Amazônia, e contribui para a integração nacional com o apoio da população da região. Segundo o TC Amaral, este tipo de estágio na selva é uma atividade comum realizada pelo Exército Brasileiro em diversas unidades. “Estágios como este que realizamos com ex-alunos do Colégio Militar de Fortaleza, fortalecem os elos da sociedade brasileira com o nosso exército. Os participantes conheceram de perto nossa missão institucional. Para nós é ainda mais gratificante receber profissionais de destaque na sociedade, com quem tivemos a oportunidade de estudar no Colégio Militar. Além do conhecimento repassado, foi uma oportunidade de congraçamento”, disse Amaral.
A realização do estágio aproveitou o período do feriado de Corpus Christi, para não atrapalhar a vida profissional dos participantes, e nem interferir nas atividades operacionais do quartel. Para o evento os estagiários custearam suas despesas para participar, se deslocando de Fortaleza e de outras cidades até Altamira no estado do Pará. Por ser uma turma especial de Estágio na Selva, formada por uma maioria de convidados de origem nordestina, a operação foi batizada de “Kangaço na Selva”, uma alusão a força do nordestino que convive com a região semi-árida brasileira, e que terá contato com selva amazônica. Outro diferencial da atividade promovida pelo 51º Batalhão de Infantaria de Selva, é que os estagiários da Operação Kangaço na Selva tiveram como instrutores outros ex-alunos do CMF, que hoje são oficiais da ativa do Exército. Como instrutores estarão além do comandante do 51º. BIS, TC William Amaral; também integraram a equipe de instrutores os seguintes oficiais: Tenente Coronel de Infantaria Alfredo dos Santos Filho, Tenente Coronel de Infantaria Lister, Tenente Coronel de Infantaria Sousa Holanda, e o Tenente Coronel de Infantaria José Abinoan, que me 2016 assume o comando do 23º. Batalhão de Caçadores em Fortaleza.
A idéia embrionária para este evento em Altamira surgiu ainda no ano passado. Em 2014, cinco ex-alunos do CMF foram convidados para participar da Operação Saudade, realizada anualmente pelo 23º BC -Batalhão de Caçadores, comandado pelo Tenente Coronel de Infantaria Alfredo Ferreira dos Santos Filho, também ex-aluno do CMF da turma 1988-1982. Na ocasião participaram da atividade Ricardo Bruno, juiz de direito; Márcio Lopes, secretário de esportes do município de Fortaleza; Reinaldo Monteiro, executivo da OI; Alexandro Orleans, empresário; e Fernando Dantas, advogado e jornalista. Para o organizador do grupo de ex-alunos em Fortaleza, Reinaldo Monteiro, estes momentos vividos com os colegas de Colégio Militar são especiais, e servem para fortalecer ainda mais as amizades forjadas ainda na juventude. “O nosso intuito é congregar nossos amigos egressos do CMF, independente de turma no colégio, ou posição social. O que nos une é nossa origem como ex-alunos do Colégio Militar de Fortaleza, que nos deu formação de base”, afirmou Monteiro.
Durante a Operação “Kangaço na Selva”, os participantes aprenderam algumas das técnicas de sobrevivência na selva, que são ensinadas aos militares que atuam na região amazônica. Foram quase três dias de intensas atividades na região de Altamira, que incluiu pernoite no meio da selva, desova em meio aquático, ofidismo, obtenção de alimentos de origem animal e vegetal, obtenção de água e fogo, tiro instintivo, tiro de caça, e helocasting. Além disto a turma visitou as instalações da construção da Usina de Belo Monte, o mais novo equipamento estratégico para o Brasil. Com experiência no telejornalismo, já tendo realizado cobertura jornalística de eventos militares, Fernando Dantas, ex-aluno da turma 83-89, afirmou que esta é uma experiência única, que dificilmente se repetirá. “Para mim é uma honra poder participar de tão seleto grupo em uma atividade como esta. Além de podermos relembrar os velhos tempos de Colégio Militar de Fortaleza, conheceremos de perto um pouco da realidade da nossa Amazônia, um dos maiores patrimônios do Brasil, que é protegida por nosso exército”, concluiu Dantas.
DEFENSORES DA SELVA - Combatente de selva, guerreiro de selva e guerreiro da selva são termos que costumam ser tratados como sinônimos. Há, entretanto, uma sutil diferença entre eles. Combatente de selva é mais amplo, guerreiro de selva é aquele que fez o curso de “guerra na selva” do CIGS e guerreiro da selva é o especialista brasileiro. - Combatente de selva: militar, de qualquer posto ou graduação, de carreira ou temporário, que tem instrução específica própria de unidades de selva, para o desempenho de cargo previsto em quadro de organização (QO) das organizações militares do CMA. - Guerreiros de selva: termo genérico do especialista em operações na selva formado pelo CIGS, das Forças Armadas nacionais e estrangeiras. No jargão militar internacional é o “jungle expert”, apto a combater em qualquer selva do mundo com características semelhantes à da Amazônia. - Guerreiros da selva: termo estrito atribuído ao guerreiro de selva brasileiro. Tem conotação poética, ao referir-se especificamente ao guerreiro “da” Amazônia brasileira. Assim, quando o sentido do texto, poema, comentário etc. referirem-se ao nacional, deve-se optar pelo termo “guerreiro da selva”, da selva amazônica brasileira. A “Oração do Guerreiro da Selva” e o poema “Que Não Ousem” são exemplos de referências de exaltação aos guerreiros da selva amazônica brasileira.
MINHA VISÃO - Todos estudamos no Colégio Militar de Fortaleza (Oficial). Alguns de nós seguiram a carreira militar profissionalmente. Outros são apenas oficiais, ou praças, da reserva das Forças Armadas. Na vida seguimos destinos diferentes. Bombeiros, médicos, juízes, advogados, empresários. O comum entre nós é uma formação educacional de base, que nos une e diferencia de alguns pelo brado: Para a Frente, Custe o que Custar! O ritual de vestir a farda nos relembra o passado, e nos faz reavivar os velhos aprendizados de amar nossa pátria e nossa nação independente de ideologias políticas. Para mim reavivou um lema formado pela união de duas canções: " Nós somos da pátria a guarda, fiéis soldados por ela amados. Nas cores de nossa farda rebrilha a glória... Brava gente brasileira! Ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil...." No fim a farda vira uma segunda pele, e nossos laços são fortalecidos, pois agora A SELVA NOS UNE. SELVA!!!